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domingo, 8 de julho de 2012

O TURISMO NO RIO GRANDE DO NORTE

FICHAMENTOS


GONÇALVES, Joyce de Souza; SERAFIM, Lia Sales. A política pública de turismo no Rio Grande do Norte: um estudo dos impactos econômicos e socioculturais na grande Natal. In: 30º Encontro da ANPAD. Anais..., 23 a 27 de setembro de 2006. Salvador-BA, Brasil.

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No Rio Grande do Norte, a atividade turística ganhou foco no governo de Aluisio Alves, na década de 1960. Para que essa atividade pudesse se desenvolver, foram necessários investimentos, inicialmente, para a melhoria dos meios de acesso aos atrativos e, posteriormente em infra-estrutura para o receptivo dos turistas. Considerando os aspectos abordados, o presente estudo tem o objetivo verificar os impactos das políticas públicas de turismo para o crescimento econômico e desenvolvimento sócio-cultural da Grande Natal.

A dinâmica do crescimento da atividade turística no Brasil está correlacionada às formas de intervenção do Estado no espaço urbano. O turismo e a política urbana são processos diretamente relacionados, devido a uma característica peculiar dessa atividade que corresponde no deslocamento e estadia de pessoas, afetando assim o espaço urbano. A intervenção estatal se dá a partir da criação da infra-estrutura urbana relativas a políticas de ocupação e uso do solo até o momento em que as ações visam ao incremento da atividade turística.

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No inicio da década de 1980, a crise econômica, que já afetava o país, refletiu na região nordestina. Diante desse quadro, houve a necessidade da tomada de iniciativa por parte do governo para expandir novos espaços e setores econômicos. Com isso, o Estado recriou novas condições, deslocando os benefícios da EMBRATUR para a região Nordeste.

A partir do final da década de 1970, o turismo no Nordeste passou a ocupar um lugar de destaque como vetor de desenvolvimento da região. Esse fato se deu devido à implementação de duas políticas regionais de turismo – “Política de Megaprojetos Turísticos” e o “Programa de Ação para o Desenvolvimento do Turismo no Nordeste – PRODETUR/NE”.

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Na década de 1960, o governo de Aluisio Alves acreditava que a dinamização da economia impulsionava uma maior movimentação de pessoas, demandando, com isso, serviços hoteleiros. Nessa concepção e considerando que o estado não poderia aguardar pela iniciativa privada, o governo estadual desenvolveu um programa de investimentos hoteleiros.  Utilizando-se dos recursos do governo federal, da Aliança para o Progresso, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIRD) e do governo estadual, o poder público viabilizou a implantação dos seguintes hotéis: Hotel Internacional dos Reis Magos; Hotel de Mossoró; Hotel de Caicó; Hotel de Angicos; Hotel Balneário de Olho D'água do Milho.

Em 1971 o governo estadual criou o apoio financeiro e técnico da SUDENE, a Empresa de Promoção e Desenvolvimento do Turismo no Rio Grande do Norte – EMPROTURN -, que constituía uma empresa de economia mista com autonomia administrativa e financeira, cuja competência era de coordenar e dirigir as ações governamentais no âmbito do turismo. Contudo, nota-se, que nos primeiros anos de funcionamento, a atuação do primeiro órgão oficial de turismo no estado ainda ocorreu de forma incipiente.

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No processo de desenvolvimento do turismo no Rio Grande do Norte destacam-se duas forças convergentes: a incorporação constante de novos roteiros e a busca de desenvolvimento econômico. Nesse sentido, a Política de Megaprojetos e o PRODETUR/RN complementam-se por objetivar o melhor aproveitamento do potencial turístico deste Estado. Ao observar suas repercussões sobre o território devem ser utilizados critérios diferentes. A primeira, consolidada materialmente através de vários equipamentos hoteleiros instalados, enquanto a segunda criou a base para o desenvolvimento do turismo, através do provimento de obras em infra-estrutura básica.

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Ao tratar dos incentivos governamentais para os investimentos na área do turismo, foi citado que o Rio Grande do Norte possui como referencial estratégico o Plano de Desenvolvimento Sustentado do Estado, sendo estruturado num conjunto de ações voltadas para seus problemas e potencialidades. Essas ações são orientadas para uma operação integrada de Conservação e Uso dos Recursos Naturais, Desenvolvimento Humano, Desenvolvimento da Base Científica e Tecnológica, Dinamização e Reestruturação da Base Econômica e, por fim, Reestruturação e Democratização do Estado.

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[...] as ações governamentais para investimentos turísticos no Rio Grande do Norte estão dirigidas para oferecer condições ideais para os investidores. Quanto aos incentivos fiscais foi dito que há concessão de 13% a título de crédito presumindo do ICMS, a ser compensado com o débito resultante da aplicação da alíquota de 17% sobre o faturamento para atividades de fornecimento de refeições e bebidas em bares, restaurantes, hotéis e similares, além da isenção de tributos municipais para empreendimentos turísticos instalados nos municípios de Extremoz, Ceará-Mirim, Currais Novos e São Gonçalo do Amarante.

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O desenvolvimento do turismo no Rio Grande do Norte foi marcado por intervenções estatais, através da implementação de políticas públicas de turismo. Tal intervenção iniciou em virtude da necessidade de prover os principais municípios do estado com infra-estrutura hoteleira. Devido a falta de iniciativa privada, o governo, mesmo agindo de forma tardia, foi o precursor do desenvolvimento do setor, utilizando-se dos recursos do governo federal, da Aliança para o Progresso, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIRD) e do governo estadual.

Após a implantação das políticas públicas, o turismo assumiu papel de destaque, ficando entre as cinco maiores atividades econômicas do Estado e segundo dados do anuário estatístico da EMBRATUR 2005, o Rio Grande do Norte ocupou, no ano de 2004, a oitava e terceira posição, respectivamente, como portões de entrada de turistas no Brasil e Nordeste.

OLIVEIRA, Francisco Muniz Jales de. Lazer: estratégia da rede hoteleira de Natal/RN. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção. Anais..., Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003.

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O turismo na região Nordeste do Brasil tem crescido consideravelmente diante do cenário nacional. Os governantes e empresários passaram a explorar a extensão litorânea de, aproximadamente, 3.300 Km, onde os recursos naturais tornam-se a matéria-prima principal do setor. A principal estratégia de marketing utilizada para divulgar o Nordeste é a mídia, apresentando as belezas naturais oferecidas pela região.

Dentre os projetos urbano-turísticos, destacam-se nas décadas de 80 e 90, grandes investimentos como a Rota do Sol no Rio Grande do Norte, Cabo Branco na Paraíba, Costa Dourada em Alagoas/Pernambuco e a Linha Verde na Bahia/Sergipe.

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A indústria do turismo é hoje uma das atividades econômicas mais importantes do mundo em se tratando de movimentação financeira (COELHO, 1994). As pessoas estão cada vez mais preocupadas em melhorar a qualidade de vida buscando momentos de lazer, descanso, diversão, conhecer lugares novos, viver aventuras diferentes ou até mesmo sair da rotina.

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O turismo é uma atividade que tem uma grande inter-relação com os outros segmentos da economia, principalmente as atrações de lazer que podem ser oferecidas tanto pelo local de hospedagem quanto pelo poder público, com o objetivo de atrair mais clientes. A inserção da população nativa no processo é uma forma de socializar os benefícios econômicos obtidos com a atividade. Isso pode ser feito através do apoio aos pequenos negócios e às produções artesanais (queijos, geleias); com a inclusão no roteiro vendido aos turistas.

A melhoria da infra-estrutura existente nas regiões-destino, através de obras na rede de transportes, construção de redes de esgoto, construção de aeroportos, melhoria nos serviços de abastecimento de água e limpeza pública, necessárias para o desenvolvimento do turismo, constituirá um benefício para a atividade empresarial e para a comunidade em geral.


ROMÃO JÚNIOR, Manoel Cícero; TEIXEIRA, Maria do Socorro Gondim. Turismo religioso: Uma alternativa econômica para municípios do Seridó-RN. II ENABER, 2009. Anais...

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O Rio Grande do Norte ainda não detém uma repercussão muito forte em nível nacional, no que tange ao turismo religioso. As festas religiosas desse Estado ficam restritas ao fluxo intermunicipal, como as chamadas festas das padroeiras. Esses eventos são bastante observados no interior do Estado do Rio Grande do Norte, em especial, na região do Seridó, onde, a religiosidade sempre foi um fator de extrema importância na vida das famílias seridoenses. Para reforçar ainda mais essa percepção, basta que se perceba o quanto se ritualiza Santana (Padroeira do Seridó e de alguns municípios da região).

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O Rio Grande do Norte, além de suas maravilhosas praias, também oferece um roteiro cultural muito interessante, especialmente no interior, uma vez que é um estado rico em história e monumentos tombados pelo patrimônio histórico. Essa economia está concentrada não só na parte litorânea do estado, mas está atuando nos municípios vizinhos e interioranos, explorando outros setores, de modo a evitar impactos que prejudiquem a economia local. A busca por alternativas pode ser explicada pela falta de infra-estrutura (hotéis, estradas, transportes). As comunidades buscam nos recursos próprios explorar alternativas que gerem condições para o desenvolvimento, assim como um meio econômico que venha a beneficiar a todos.

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No Seridó, a natureza, inóspita em alguns períodos do ano, mas extremamente pródiga em outros, criava condições para que algumas dessas culturas encontrassem excelentes condições para o seu desenvolvimento. Por ser uma região que sofre bastante com as adversidades climáticas, as comunidades buscam através da criatividade e disposição, alternativas de atividades geradoras de ocupação e renda, minimizando os efeitos da seca e constituindo-se, também, em importantes fatores para o processo de desenvolvimento.

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A crise que assola a Região do Seridó é muito grave e exige que sejam encontradas novas alternativas de proporcionar à população condições dignas de vida sem causar impacto ambiental. Assim, o turismo desponta uma atividade perfeitamente adequada ao desenvolvimento humano e preservação ambiental. O turismo pode fomentar o desenvolvimento de produtos e serviços que utilizem de forma sustentável os recursos naturais. Tudo isto pelo incentivo ao desenvolvimento das atividades econômicas existentes, revitalizadas pela nova roupagem recebida quando associadas ao turismo.

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[...] o artesanato, além dos bordados, produtos alimentares como licores, doces, queijos e carne-de-sol, produtos de cerâmica, de palha, redes de dormir, são facilmente comercializados por um componente de trabalho de marketing que define a marca Seridó. Além do desenvolvimento da hotelaria, outra atividade em crescimento e com perspectivas de expansão, restaurantes, pousadas, ou seja, toda infra-estrutura necessária para que o visitante ou turista se sinta estimulado em voltar no ano seguinte, constituindo-se em oportunidade de conhecimento e aprendizagem. Mas, é necessário que se tenham serviços de qualidade, pois sem qualificação, o destino turístico não se mantém por muito tempo.

No Seridó, a peregrinação em festas religiosas é interdependente das mais diversas atividades e serviços, lazer, alimentação, alojamento, comércio, etc. Com sua Rota de Fé e Romarias, volta-se principalmente para as festas das padroeiras e a visita do melhor dos museus de artes sacras de imagens e oratórios do Rio Grande do Norte.

O Seridó constitui uma região peculiar no Estado do Rio Grande do Norte, com uma identidade regional pronunciada no segmento religioso. A interpretação religiosa colaborou para a construção da identidade dos municípios da região. As cidades seridoenses tiveram início com a construção de igrejas imponentes, erguidas nos mais altos sítios e, que ainda hoje são locais de atratividade e visitação.

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Na região do Seridó, o sentimento de religiosidade se expressa nos festejos e ritos que acontecem no decorrer do ano. As principais manifestações conhecidas naquela região são as festas das padroeiras e romarias, que atraem uma numerosa população flutuante, constituindo uma espécie de turismo religioso. Responsável pela dinamização das economias locais, os atos de fé, juntam-se à outras atividades econômicas como: bares, clubes, feiras de artesanato e comidas típicas, turismo etc.

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Na região seridoense marcada pela religiosidade, os atrativos turísticos religiosos são inúmeros, como: santuários de peregrinação, espaços religiosos de grande significado histórico-culturais encontros e celebrações de caráter religioso, festas e comemorações em dias específicos, espetáculos artísticos de cunho religioso e roteiros de fé.

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Um dos principais eventos religiosos que acontecem na região seridoense e conhecido em todo estado, é a Festa da Padroeira Nossa Senhora de Santana, que acontece no mês de Julho nos municípios de Caicó e Currais Novos, principais centros comerciais da região.

Caicó conta com um conjunto de igrejas, entre elas: a igreja de Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rosário dos pretos, Nossa Senhora de Santana, entre outras, suas festas, em especial a da Padroeira Santana é um dos principais eventos do município e da região, atraindo um enorme fluxo de visitantes.

A crise no setor agrícola e industrial nas décadas de 80 e 90 na região seridoense, fez com que o setor de comércio e serviços ganhasse destaque sendo alavancado pela atividade turística, em particular o segmento religioso. O setor informal é o que mais tem crescido, principalmente durante as celebrações dos festejos, devido às inúmeras atividades de cunho não religioso que são desenvolvidas. Sem falar do comércio ambulante, os camelôs e barraqueiros que em sua maioria são de outras cidades e encontram ali uma fonte de emprego temporário. Muitos deles acompanham um roteiro de festas em outras cidades.

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Em Caicó, os festejos de Santana é marcado por uma série de eventos que faz com que o turista desfrute de bons momentos e leve sempre lembranças e recordações para as cidades de origem. São realizados leilões, forrós, festas, além da Feira de Artes Manuais do Seridó - FAMUSE, feira essa em que é exposta a riqueza do artesanato caicoense rico em bordados, redes, pinturas, peças de cerâmica, confecções e produtos de culinária e, a famosa Feirinha de Santana em que, o número de pessoas que transita pela cidade se multiplica lotando hotéis, pousadas, residências e outros estabelecimentos. Sem esquecer que o turista que visita Caicó no período de julho, conta com uma infra-estrutura, necessária a sua estadia, como serviços de transportes, restaurantes, hotelaria, cultura e diversão, clubes, etc.

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Outro festejo de grande importância para a economia de Caicó é o de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, conhecida como a Festa do Rosário que ocorre no mês de outubro, marcada pela tradição e cultura negra.

[...] observa-se que tanto para o município de Caicó, quanto o de Currais Novos a economia local é bastante influenciada pelo segmento do turismo religioso.


GERMANO, Elys Larissa Maia; BEM, Kettrin Couto Farias. Turismo de eventos desenvolvimento da cidade de Caicó. Revista Global Tourism, v. 5, n. 1, mai/2009, p. 47-55.

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No Nordeste temos as grandes festas juninas, que atraem milhares de pessoas, todas motivadas pela diversão e curiosidade em conhecer um pouco das tradições nordestinas. Especificamente no Rio Grande do Norte, alem das festas juninas, tem as grandes vaquejadas, que também atrai milhares de turistas, visando conhecer a pratica desse esporte e com isso a economia local e bastante incrementada neste instante.

Já no interior do Rio Grande do Norte, encontram-se as grandes festas religiosas, que seduzem um grande publico motivado pela fé e religiosidade, como e o caso da cidade de Caicó, que sedia vários eventos durante o ano sendo que os mais conhecidos são realizados nos meses de fevereiro, julho e outubro.

Outro evento de grande porte no mês de Julho realizado em Caicó e a festa de Santana, englobando um grande numero de devotos de todo o pais. Durante os festejos de Santana são realizadas procissões, novenas, missas e a feirinha de comidas típicas, que sempre e realizada na quinta-feira. E o dia mais esperado da festa, pois pessoas de todo pais vem especialmente para a feirinha, para encontrar-se com parentes e amigos queridos, nesse dia, de acordo com a Revista o Seridoense, a população de Caicó cresce em aproximadamente 60%, ao qual segue ate o final da festa, temos também a realização de leiloes, festas dos doces, cavalgada e apresentações artistico-culturais e ainda a FAMUSE, que e uma feira de artesanato local, no entanto só se inicia no dia da feirinha seguindo ate o domingo.

A Feira de Artesanato dos Municípios do Seridó (FAMUSE) oferece grande oportunidade aos artistas locais, uma vez que os próprios tem a chance de mostrar sua em bordados, artesanatos e roupas para as pessoas de muitas regiões diferentes, divulgando assim seu trabalho e com isso obtendo certos lucros.

São dez dias de festejos na cidade, a festa sempre e iniciada na penúltima semana do mês de Julho, sempre feira, acontece a procissão de quando uma multidão sai as ruas conduzindo o estandarte de Santana, e a imagem principal são sai no ultimo dia, na procissão de encerramento.

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No mês de outubro, geralmente na penúltima semana, dar-se inicio a Festa do Rosário, que e iniciada com uma procissão de abertura, onde leva um grande contingente de pessoas as ruas da cidade que demonstram sua fé e respectivamente sua religiosidade ou ate em agradecimento por alguma graça alcançada, assim como a elevação do estandarte.

A cidade de Caicó possui um calendário de eventos, que pode ser descrito da seguinte forma: no mês de fevereiro e realizado o grande Carnaval, em julho a Festa de Santana, e em outubro a Festa do Rosário, vale salientar que esses eventos aqui citados são os principais.

Um exemplo de um evento realizado na cidade de Caicó, que se for mais bem planejado passara a ter as mesmas proporções de outros eventos considerados de grande porte para a cidade, que são o Carnaval, Festa de Santana e a Festa do Rosário, e o festival ‘Saboreando’, realizado no mês de setembro, que já contou com 3 edições e é promovido pelo Sistema Brasileiro de Apoio as Pequenas e Micro Empresas (SEBRAE) em parceria com donos de restaurantes da região.

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Porem, o calendário não se restringe somente a esses eventos, temos também em épocas não definidas apresentações de teatros com renomados grupos culturais da cidade, espetáculos de danças e outras eventualidades menores, como exposições de artes na Casa da encontros de danças.  

[...] essa atividade gera inúmeros benefícios econômicos por meio da geração de empregos e renda diretos e indiretos a comunidade, como também auxilia a melhoria da infra-estrutura como um todo da cidade, pois essa atividade se bem planejada passa a ser um segmento do turismo, onde acarretara a vinda de visitantes para a cidade de Caicó que ocasionara a melhoria tanto no atendimento como na própria estrutura dos estabelecimentos de apoio ao turista.

[...] a cidade possui capacidade e criatividade suficiente para promover esses eventos, basta que os órgãos competentes valorizem esse trabalho, não visando apenas como um momento de lazer para a sociedade, mas como uma atividade geradora de desenvolvimento sócio-econômico, uma vez que a sociedade sente falta desses eventos, e isso se torna um fator importante para o inicio e o desenvolvimento da atividade eventos já que o interesse da comunidade e o importante indutor para o progresso de qualquer trabalho.

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[...] os eventos realizados na cidade de Caicó, e percebível que os mesmos possuem grande importância para o desenvolvimento econômico da localidade e que se deve investir no segmento turismo de eventos, uma vez que possibilita a inclusão social, devido a participação em massa da população, aumenta a arrecadação de impostos e tributos, atrai um maior numero de visitantes na cidade, e muitos outros setores ligados ao turismo, sejam diretos ou indiretos também ganham com a promoção e desenvolvimentos do turismo de eventos, como exemplo, tem: os hotéis, as pousadas, os restaurantes e bares, comerciantes, transportes, dentre outros.


ALENCAR JÚNIOR, José Sydrião. Perfil econômico do Rio Grande do Norte. Fortaleza: Banco do Nordeste, 2002.

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O Estado dispõe de uma estrutura turística integrada e em processo de modernização a estratégia básica do governo para o setor é o planejamento integrado das ações para a manutenção dos recursos naturais, em especial as dunas do litoral, os patrimônios turísticos, ecológicos e preservando a cultura local.

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Esse é setor em franca expansão no Estado, graças às suas potencialidades naturais e climáticas. Como a costa de 40km de extensão, de praias belas e selvagens, e a presença de mais de 2.000ha de dunas fixas e móveis ideais para passeios de bugres. A temperatura atinge a média de 27°C e a umidade relativa, 76%; a insolação de 10 horas/dia durante todo o ano e a presença de ventos alísios com velocidade de 4,3 m/s favorecem a prática de esportes náuticos.

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No interior, a Costa Branca, na região de Macau, Areia Branca e Grossos, inclui possibilidade de visitação às salinas e várias praias. A cidade de Mossoró sedia o parque hidrotermal do Hotel Termas, com piscinas quentes, e oferece opções de visitação ao maior campo petrolífero terrestre do Brasil e ao Museu do Cangaço. Outras opções turísticas são os sítios arqueológicos com pinturas rupestres, fósseis e testemunhos de civilizações mais antigas, destacando-se o sítio arqueológico do Apodi, o qual já dispõe de ampla infra-estrutura de visitação.

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A infra-estrutura de transporte é relativamente boa, o que facilita o desenvolvimento do turismo. Encontram-se em implantação, os projetos de fortalecimento da estrutura viária, abastecimento d’água nas praias turísticas, de esgotamento sanitário, de recuperação ambiental, e recuperação do Parque das Dunas.

MARANHÃO, Christiano H. S. O SEBRAE/RN no fomento do turismo potiguar: o caso do roteiro Seridó. Revista Global Tourism, v. 5, n. 2, dez/2009, p. 12-20.

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É notório que o turismo contemporâneo chama a atenção de muitos governos, em especial os de países em desenvolvimento, devido ao fato da atividade gerar alguns elementos vitais para suas economias. O turismo é visto, então, como uma fonte geradora de divisas e uma alternativa viável para o suporte econômico na atualidade, obtendo, pois, uma importância crescente no incremento das receitas desses países e em especial nas localidades mais pobres no estado do Rio Grande do Norte, onde o turismo de sol e mar é tipologia marcante devido as suas características físicas, a necessidade de diversificar o produto ofertado é situação sine qua non, afim de não estacionar na busca por novas demandas, evitando a perda de fluxo turístico para estados vizinhos, que fornecem serviços e produtos similares. Descentralizar da capital Natal, principal porta de entrada de fluxo turístico no estado, além de fazer o fomento do turismo, entrar em consonância com os processos competitivos globais, distribui melhor o desenvolvimento peculiar da atividade turística para o interior do estado norte-rio-grandense.

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O pólo Seridó, por onde veio o fomento do Roteiro Seridó, abrange uma região situada no centro-sul do estado do Rio Grande do composta de 24 municípios que são distribuídos em três Zonas Homogêneas (Serras Centrais, Currais Novos e Caicó). Ocupa uma área de 12.965 km², apresentando uma população de aproximadamente 300 mil habitantes, equivalente a 11% de toda a população do estado potiguar. Criado oficialmente no ano de 2005, O Pólo Turístico da Região do Seridó é formado por 17 municípios. E na sua gênese, é possível localizar em sete de suas cidades, o turismo apresentando formas de desenvolvimento, nas quais se concentram as ações que objetivam favorecer sistematicamente o seu desenvolvimento sustentável.

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O Seridó ainda se configura com diferentes tipologias de relevos, com importantes serras, vales, açudes e lagoas, com solos pedregosos e vegetação predominante da caatinga. Apresentando também um clima predominante quente em todo o ano e com uma média pluviométrica de 550 mm/ano, com chuvas concentradas nos primeiros meses do ano.

O Seridó Potiguar teve sua economia desenvolvida com base na cultura de algodão, alcançando períodos de grande destaque. A produção mineral teve também momentos de grande desenvolvimento, especialmente na produção da scheelita no município de Currais Novos. Na atualidade, conta com uma estrutura produtiva voltada para a pecuária, com tradição na produção bovina e caprina, criando oportunidades na agroindústria (laticínios e derivados).

A produção de cerâmica é vista também, com excelente oportunidade de desenvolvimento da região na atualidade, onde apresenta cerca de 80 estabelecimentos que se dedicam à produção de telhas e tijolos, em uma produção anual com cerca de 555 mil milheiros desses dois produtos, e somado a isto, conta com a perspectiva de receber um gasoduto, em fusão do processo de desmatamento provocado pelo sistema de energia de carvão mineral que abastece o setor.

A Região do Seridó oferece por fim, uma grande diversidade de atrativos turísticos em todos os municípios que a compõem. Apresenta fortes indícios para o desenvolvimento do ecoturismo, turismo de lazer, turismo cultural e turismo sustentável.

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O Roteiro Seridó que teve inicio em abril de 2004, configurando modelo inovador de desenvolvimento sustentável na região, abrangendo [...] os municípios de Cerro Corá, Currais Novos, Acari, Carnaúba dos Dantas, Parelhas, Jardim do Seridó, Lagoa nova e Caicó; apresentando peculiaridades diversas, onde se podem aplicar na região as mais variadas modalidades que a atividade turística induz: ecoturismo ou turismo de natureza, de aventura, cultural, religioso ou místico, gastronômico, de eventos ou negócios e rural.

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O fato é que o turismo vem se expandindo na região. O turismo de eventos ganha forma principalmente nas festas religiosas, nos eventos culturais e esportivos. O ecoturismo tem potencial para crescer, devendo ser praticado em uma natureza preservada. O turismo de aventuras tem nas serras e represas seridoenses sua matéria prima principal, em espaços pouco explorados turisticamente. O roteiro Seridó, portanto, trouxe inúmeras opções que aumentam o poder de captação de clientes e por conseqüência, torna o destino potiguar bem equipado no forte mercado competitivo.

MORAIS, Ione Rodrigues Diniz; ARAÚJO, Marcos Antônio Alves de. Territorialidades e sociabilidades na feira livre da cidade de Caicó (RN). Caminhos de Geografia, 23 (17) 244 - 249, fev/2006.

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Atualmente a cidade de Caicó se configura como o centro regional da microrregião supracitada, polarizando toda essa unidade espacial e algumas cartografias urbanas das regiões adjacentes, convergindo atividades atinentes aos setores de saúde, educação, comércio e prestação de serviços, e movimentando grandes contingentes populacionais. Esses serviços são encontrados com mais freqüência no próprio centro do tecido urbano, onde este aglutina formas e funções que vão desde os serviços bancários aos serviços odontológicos, supermercados, clínicas, hospital, farmácias, sede da previdência social, fórum, cartórios, serviços de hotelaria e pousada, bares, restaurantes, lojas de calçados e confecções, além de outros tipos de comércio e serviços. O centro de Caicó, portanto, é dinâmico e apresenta um ritmo intenso e contínuo de passantes e veículos, revelando o poder concentrador desse espaço em detrimento de outros territórios da cidade.

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[...] a feira livre de Caicó, caracterizada como uma rugosidade flexível, ainda permanece sendo o espaço preferencial de uma boa parte de caicoenses e seridoenses no desenvolvimento e realização de atividades comerciais e sociais, resistindo a expansão das inúmeras superfícies de varejo.

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Embora a feira de Caicó esteja perpassada por um processo de diminuição de representatividade, esta ainda se evidencia como lugar dos encontros, das tradições, das conversas, das sociabilidades, das compras, vendas e permutas, enfim das múltiplas territorialidades, sejam econômicas ou culturais, tecidas pelos caicoenses em consonância com outros atores sociais das cidades e plagas adjacentes. Nesse sentido, constata-se que todos os sábados, em dia de feira, a dinâmica do espaço central de Caicó aumenta consideravelmente, com incontáveis agentes sociais transitando pelas ruas e avenidas sinuosas da cidade, estabelecendo as tramas de territorialidades e, conseqüentemente, de sociabilidades no dia da feira livre.