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domingo, 3 de junho de 2012

O QUE É EDUCAÇÃO
(SÍNTESE)

José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
IDENTIFICAÇÃO DA OBRA
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2000.

CONTEÚDO
A educação é uma prática social, cujo fim é o desenvolvimento da pessoa humana. Ela é o resultado da consciência viva duma norma que rege uma comunidade humana. E por isso, sua evolução depende da presença de fatores sociais determinantes, bem como do desenvolvimento destes e de suas transformações.
No entanto, não se pode confundir educação com cultura ou com sociedade. Entretanto, deve-se reconhecer que existe uma interligação entre estes termos. Na cultura, a educação é vista como uma prática social de reprodução de categorias de saber através da formação de tipos de sujeitos educados.
Por outro lado, no meio social, ela é um agente de mudanças, pois quando vem associada à idéia de adaptação para alguma coisa externa à pessoa, permite que esta se transforme. É, pois, esta transformação que a educação proporciona ao ser humano, que capacita-o para a vida, para o exercício de uma profissão e de sua própria cidadania.
Como processo de aprofundamento, a educação possui um caráter permanente, que produz múltiplos benefícios. No entanto, para usufruir destes benefícios, o indivíduo deve constantemente reciclar e aperfeiçoar seus conhecimentos. O mundo vive em constantes mudanças e tais mudanças, alteram conceitos e modos, impondo novas necessidades de adaptação. Tais necessidades são supridas pelo processo educativo. E por isso, dele o ser humano não deve se distanciar.
Para o autor, essa capacidade de mudança proporcionada pelo processo educativo é revestida por um caráter social, que permite modificar a própria sociedade. Brandão afirma que pessoas educadas são agentes de mudança e promotores do desenvolvimento. Por isso, a educação deve ser pensada e programada.
No Brasil, o triângulo educação-ensino-escola ainda deixa a deseja: faltam escolas e o ensino oferecido não é de boa qualidade. E uma das causas desse fracasso é a forma como o referido processo é elaborado e conduzido.
Para o autor, em nosso país, o Estado assume a responsabilidade de distribuição da educação em nome de todos, “mas sequer as pessoas a quem a educação serve, em princípio, são de algum modo consultadas sobre como ela deveria ser. A educação que chega à favela, chega pronta na escola, no livro e na lição”.
E isso precisa mudar. Pois, se assim continuar, o processo educativo perderá sua essência e ao invés de produzir agentes de mudanças, produzirá sujeitos desprovidos de qualificação social, cultural e educacional, submissos e incapazes de mudarem o mundo que existe a sua volta.


CONCLUSÃO
A educação como processo, deve incluir em seus conteúdos e em sua proposta pedagógica, o desenvolvimento da consciência dos direitos humanos e dos deveres sociais. Pois, ela deve ser uma ação conscientizadora e emancipadora, que garanta o acesso à cidadania e à democracia.
Deve-se registrar que somente através de um processo educativo voltado para o desenvolvimento integral do ser humano, incluindo ações de desenvolvimento pessoal e social, pode-se melhor obter a capacitação do individuo para o exercício da cidadania.
Para o autor, a educação é a arma mais eficaz contra a pobreza, pois nenhum país conseguiu a erradicação desse mal, sem a educação. E mais: a educação deve chegar aos excluídos; pois, quanto melhor é o aprendizado melhor será a qualidade de vida.

Desta forma, pela leitura do presente texto, pode-se concluir que o acesso e a qualidade da educação são determinantes para o êxito do indivíduo. Contudo, como processo de mudança, ela deve ser contínua, ou seja, por toda a vida do indivíduo, independentemente do seu nível de conhecimento, idade, capacidade ou nível profissional.

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